Sair cedo de casa, congestionamento de horas no trânsito e não chegar no destino final no horário previsto. Esses são alguns dos problemas que moradores de grandes cidades vivem todos os dias. Somada a isso, a preferência pelo uso de veículos particulares contribui para aumentar outros problemas, como o tráfego lento e a intensa poluição do ar devido à queima em massa de combustíveis.
Caminhando para o desenvolvimento de uma sociedade saudável e sustentável, a UFF, a Prefeitura de Niterói e a Fundação Euclides da Cunha se unem no Projeto “Mobilidade de Baixo Carbono e Compartilhada em Niterói (RJ): Análise de Viabilidade Técnica e Econômica de Modelos de Negócios Sustentáveis “, contemplado pelo Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados (PDPA). A iniciativa busca por meio de pesquisa e compartilhamento de meios de transportes alternativas de mobilidade urbana sustentável para a cidade.
Segundo o reitor da UFF, o crescimento populacional das cidades impõe grandes desafios e exige soluções inovadoras e sustentáveis para garantir uma melhor qualidade de vida para a população e Niterói tem caminhado nesta direção.
“Nesse sentido, a parceria entre a UFF, a Prefeitura e a FEC tem se destacado, desempenhando um papel fundamental na busca por soluções que atendam às necessidades da cidade e da região. Este projeto de excelência é mais uma vez a universidade pública e o poder público, transformando educação, ciência e tecnologia, em soluções em prol das pessoas e de toda a biodiversidade. O olhar da gestão municipal com os objetivos sustentáveis da ONU mostra o seu engajamento em promover um desenvolvimento humano e social equilibrado, que respeite o meio ambiente e as gerações futuras”, comenta Antonio Claudio.
De acordo com o coordenador do projeto, professor Luciano Dias Losekann, da Faculdade de Economia da UFF, o projeto avaliou três sugestões de políticas para promover a sustentabilidade no transporte e na mobilidade em Niterói.
“Olhando a experiência internacional e depois as características particulares do caso de Niterói seriam: primeiro, a utilização de ônibus elétricos, com a implementação de linhas de ônibus com bateria. A segunda sugestão é o esquema de compartilhamento de bicicletas, com estações localizadas, como o modelo do Rio de Janeiro. E por último, o esquema de compartilhamento de automóveis, que seria um esquema de caronas voltado para a comunidade da UFF, professores, funcionários e principalmente para estudantes”, explicou.
O projeto também beneficiará a comunidade local por meio da adoção de ações promissoras pela Prefeitura. De acordo com o especialista, as medidas adotadas, em especial a utilização de ônibus elétricos, terão um impacto significativo na redução das emissões de gases e na prevenção do aquecimento climático, trazendo benefícios diretos para a população da cidade.
Segundo o pesquisador, a proposta também visa o cuidado com a saúde da população, a redução do congestionamento nas vias e a diminuição da contaminação do ar na cidade. “A poluição local tem um grande impacto sobre aspectos respiratórios, que acabam gerando um custo social de tratamento. Além disso, se pensarmos em bicicletas, têm o deslocamento, há todo o aspecto de bem-estar individual proporcionado pela prática de exercícios.”
A iniciativa encontra-se na terceira fase, onde foram entregues os dois primeiros relatórios e desenvolvida uma ferramenta de mensuração que utiliza o mapeamento de deslocamentos, semelhante ao Google Maps. “A partir de um determinado percurso e análise do trajeto, é possível escolher alternativas de transporte, como isso impactaria no índice de emissões evitadas. Essa ferramenta teria esse papel de conscientizá-las, para a população saber que o deslocamento implica na difusão de CO2. Além disso, uma plataforma com experiência nacional, que chamamos de ‘Observatório da Mobilidade Sustentável de Niterói.”, explica o pesquisador.
Para mais informações sobre o projeto e suas atividades acesse: https://mobilidadeniteroi.com.