Saúde Pública: FEC, UFF e Prefeitura de Niterói firmam parceria para reduzir casos de tuberculose na cidade

A Universidade Federal Fluminense (UFF), a Prefeitura Municipal de Niterói (PMN) e a Fundação Euclides da Cunha (FEC) formalizam acordo para o início do projeto “Niterói Livre de Tuberculose: Uma Parceria Promissora Entre Academia e Comunidade”. A iniciativa, contemplada pelo Programa de Desenvolvimento de Projetos Aplicados (PDPA), tem como objetivo controlar e reduzir os números de casos de tuberculose na cidade, promovendo programas de prevenção e capacitando profissionais de saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tuberculose está no ranking das doenças infecciosas que mais causam mortes no mundo, juntamente com o HIV e a malária. A parceria entre UFF e a Gestão Municipal busca soluções efetivas e inovadoras para enfrentar esse desafio de saúde pública.

O reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, destacou a importância da parceria: “As instituições públicas têm o dever de garantir para a sociedade direitos básicos, incluindo a saúde, contribuindo para o desenvolvimento social. O acordo com a Prefeitura de Niterói é essencial para alcançar nossos objetivos comuns e reforça o compromisso das duas instituições na resolução de problemas tão comuns e que afetam a população. Com o fomento deste projeto pela Prefeitura, a expertise da UFF na área e a gestão administrativa da FEC queremos garantir aos munícipes de Niterói a assistência necessária, com atendimento de qualidade e com bons profissionais capacitados no combate à tuberculose”.

A partir de técnicas modernas, o projeto pretende fortalecer as ações de saúde já existentes por meio do uso da inteligência artificial para análise de tórax em pacientes com suspeita de tuberculose ativa.

Segundo Claudete Cardoso, a estratégia adotada possui um impacto significativo no controle da tuberculose na população, conforme explicações “ao identificar um contato de tuberculose assintomático e oferecer tratamento para a infecção, essa abordagem evita a progressão da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) para a forma ativa. Essa busca rápida e o tratamento dos pacientes com ILTB levarão à redução dos casos da enfermidade, diminuindo a frequência da doença e, consequentemente, a morbimortalidade da população afetada por esse problema de saúde”, comenta a pesquisadora.

Até o momento, 224 profissionais já foram capacitados e, para as próximas etapas, espera-se dobrar o número de especialistas por meio de novas contratações. Além disso, estão previstas reuniões periódicas com representantes da prefeitura, análises estatísticas dos dados dos pré e pós-testes, produção científica fundamentada nos resultados obtidos e oferta de treinamento prático no Centro de Atenção e Investigação da Tuberculose (CAIT) Mazzini Bueno aos profissionais de saúde interessados.

“Esperamos assim, que, juntamente com o Programa de Controle da Tuberculose (PCT) de Niterói tenhamos, no futuro, um município livre de tuberculose e que também possamos colaborar para que a meta proposta pela OMS, ‘The end the global TB epidemic’ by 2035, seja alcançada. Tal estratégia objetiva reduzir em 90% o número de pessoas acometidas por tuberculose e em 95 % a redução no número de mortes”, encerrou a pesquisadora Christiane Mello Schmidt.